segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Poluição

Poluição


Poluição causada por desastre ecológico devido a derramamento de crude.
A poluição pode ser considerada a liberação de elementos, radiações, vibrações, ruídos substâncias ou agentes contaminantes em um ambiente, prejudicando os ecossistemas biológicos ou os seres humanos.
Produtos
Mesmo produtos relativamente benignos da actividade humana podem ser considerados poluentes, se eles precipitarem efeitos negativos posteriormente. Os
óxidos de nitrogénio (Óxidos de azoto) produzidos pela indústria, por exemplo, são frequentemente citados como poluidores, embora a própria substância não seja prejudicial. Na verdade, é a energia solar (luz do Sol) que converte esses compostos em substâncias poluentes.
Muitas vezes, depende-se do contexto para classificar um
fenómeno como poluição ou não. Surtos descontrolados de algas e a resultante asfixia de lagos e baías são considerados poluição quando são alimentados por nutrientes vindos de dejectos industriais, agrícolas ou residenciais pois não são recicláveis.
Tipos de poluição


A Aviação civil é uma das maiores fontes de poluição sonora nas grandes cidades.
O termo poluição também pode se referir a ondas
electromagnéticas ou radioactividade. Uma interpretação mais ampla do termo deu origem a ideias como poluição sonora, poluição visual e poluição luminosa. No caso da poluição sonora, esta é o efeito provocado pela difusão do som em grande quantidade, muito acima do tolerável pelos organismos vivos, através do meio ambiente. Dependendo de sua intensidade causa danos irreversíveis em seres vivos. A Aviação civil é uma das maiores fontes de poluição sonora nas grandes cidades.
Tipos:
Poluição atmosférica
Poluição hídrica
Poluição do solo
Poluição sonora
Poluição térmica
Poluição Luminosa
Poluição global

Poluição atmosférica nos arredores de Paris (França).
Os problemas de poluição global, como o
efeito estufa, a diminuição da camada de ozono, as chuvas ácidas, a perda da biodiversidade, os dejectos lançados em rios e mares, entre outros, nem sempre são observados, medidos ou mesmo sentidos pela população.
A explicação para toda essa dificuldade reside no fato de se tratar de uma poluição cumulativa, cujos efeitos só são sentidos a longo prazo. Apesar disso, esses problemas têm merecido atenção especial no mundo inteiro.
Efeito estufa
A Terra recebe uma quantidade de radiação solar que, em sua maior parte (91%), é absorvida pela
atmosfera terrestre, sendo o restante (9%) reflectido para o espaço. A concentração de gás carbónico oriunda, principalmente, da queima de combustíveis fósseis, dificulta ou diminui o percentual de radiação que a Terra deve reflectir para o espaço. O calor não sendo irradiado ao espaço provoca o aumento da temperatura média da superfície terrestre.
Aquecimento global
Devido à poluição atmosférica e seus efeitos, muitos cientistas apontam que o
aquecimento global do planeta a médio e longo prazo pode ter carácter irreversível e, por isso, desde já devem ser adoptadas medidas para diminuir as emissões dos gases que provocam esse aquecimento. Outros cientistas, no entanto, admitem o aumento do teor do gás carbónico na atmosfera, mas lembram que grande parte desse gás tem origem na concentração de vapor de água, o que independente das actividades humanas. Essa controvérsia acaba adiando a tomada de decisão para a adopção de uma política que diminua os efeitos do aumento da temperatura média da Terra. O carbono presente na atmosfera garante uma das condições básicas para a existência de vida no planeta: a temperatura. A Terra é aquecida pelas radiações infravermelhas emitidas pelo Sol até uma temperatura de -27oC. Essas radiações chegam à superfície e são reflectidas para o espaço. O carbono forma uma redoma protectora que aprisiona parte dessas radiações infravermelhas e as reflecte novamente para a superfície. Isso produz um aumento de 43oC na temperatura média do planeta, mantendo-a em torno dos 16oC. Sem o carbono na atmosfera a superfície seria coberta de gelo. O excesso de carbono, no entanto, tenderia a aprisionar mais radiações infravermelhas, produzindo o chamado efeito estufa: a elevação da temperatura média a ponto de reduzir ou até acabar com as calotas de gelo que cobrem os pólos. Os cientistas ainda não estão de acordo se o efeito estufa já está ocorrendo, mas preocupam-se com o aumento do dióxido de carbono na atmosfera a um ritmo médio de 1% ao ano. A queima da cobertura vegetal nos países subdesenvolvidos é responsável por 25% desse aumento. A maior fonte, no entanto, é a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, principalmente nos países desenvolvidos.
Elevação da temperatura
A elevação da temperatura terrestre entre 2 e 5 graus Célsius, presume-se, provocará mudanças nas condições
climáticas. Em função disto, o efeito estufa poderá acarretar aumento do nível do mar, inundações das áreas litorais e desertificação de algumas regiões, comprometendo as terras agricultáveis e, consequentemente, a produção de alimentos.
A poluição e a diminuição da camada de ozono


Água poluída
A
camada de ozono é uma região existente na atmosfera que filtra a radiação ultravioleta provinda do Sol. Devido processo de filtragem, os organismos da superfície terrestre ficam protegidos das radiações.
A
ozonosfera é formada pelo gás ozono, que é constituído de moléculas de oxigénio que sofrem um rearranjo a partir da radiação ultravioleta que penetra na atmosfera.
A exposição à radiação ultravioleta afecta o
sistema imunológico, causa cataratas e aumenta a incidência de câncer de pele nos seres humanos, além de atingir outras espécies.
A diminuição da camada de ozónio está ocorrendo devido ao aumento da concentração dos gases CFC (cloro-flúor-carbono) presentes no aerossol, em fluidos de refrigeração que poluem as camadas superiores da atmosfera atingindo a
estratosfera.
O
cloro liberado pela radiação ultravioleta forma o cloro atómico, que reage ao entrar em contacto com o ozónio, transformando-se em monóxido de cloro. A reacção reduz o ozono atmosférico aumentando a penetração das radiações ultra-violetas.
Consequências económicas
As consequências económicas e ecológicas da diminuição da camada de ozono, além de causar o aumento da incidência do câncer de pele, podem gerar o desaparecimento de espécies animais e vegetais e causar mutações genéticas. Mesmo havendo incertezas sobre a magnitude desse fenómeno, em 1984 foi assinado um acordo internacional para diminuir as fontes geradoras do problema (
Protocolo de Montreal).Protocolo de
Montreal


O Canal de Lachine em Montreal (Canadá), encontra-se poluído.
No
Protocolo de Montreal, 27 países signatários se comprometeram a reduzir ou eliminar o consumo de CFC até ao ano 2000, o que, até hoje, ainda não aconteceu na proporção desejada, apesar de já haver tecnologia disponível para substituir os gases presentes nos aerossóis, em fluidos de refrigeração e nos solventes.
A poluição e as chuvas ácidas
As
chuvas ácidas são precipitações na forma de água e neblina que contêm ácido nítrico e sulfúrico. Elas decorrem da queima de enormes quantidades de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, utilizados para a produção de energia nas refinarias, e também pelos veículos.
Durante o processo de queima, milhares de toneladas de compostos de
enxofre e óxido de nitrogénio são lançados na atmosfera, onde sofrem reacções químicas e se transformam em ácido nítrico e sulfúrico.
O dióxido de carbono reage reversivelmente com a água para formar um ácido fraco o ácido carbónico No equilíbrio o pH desta solução é 5,6, assim a água é naturalmente ácida pelo dióxido de carbono. Qualquer chuva com pH abaixo de 5,6 é considerado excessivamente ácido. Dióxido de nitrogénio NO2 e dióxido de enxofre SO2 podem reagir com substâncias da atmosfera produzindo ácidos, estes gases podem se dissolver em gotas de chuva e em partículas de aerossóis e em condições favoráveis precipitarem-se em chuva ou neve. Dióxido de nitrogénio pode se transformar em ácido nítrico e em ácido nitroso e dióxido de enxofre pode se transformar em ácido sulfúrico e ácido sulfuroso. Amostras de gelo da Gronelândia datadas de 1900 mostram a presença de sulfatos e nitratos , o que indica que já em 1900 tínhamos a chuva ácida. O pior de tudo é que a chuva ácida pode se formar em locais distantes da produção de óxidos de enxofre e nitrogénio A chuva ácida é um grande problema da actualidade porque anualmente grandes quantidades de óxidos ácidos são formados pela actividade humana e colocados na atmosfera. Quando uma precipitação (chuva) ácida cai em um local que não pode tolerar a acidez anormal, sérios problemas ambientais podem ocorrer. Em algumas áreas dos estados unidos o pH da chuva já chegou a 1,5 (West Virginia), como já percebemos chuva e neve ácidas não conhecem fronteiras, poluição de um país pode causar chuva ácida em outro , como o Canadá que sofre com a poluição dos EUA. A extensão dos problemas da chuva ácida pode ser visto pelos lagos sem peixes, árvores mortas , construções e obras de arte feitas a partir de rochas destruídas irreversivelmente A chuva ácida pode causar perturbações nos estomatos das folhas das árvores causando um aumento de transpiração e deixando a árvore deficiente me água , a chuva ácida pode acidificar o solo, danificar raízes aéreas e assim diminuir a quantidade de nutrientes transportada, a chuva ácida pode carregar minerais importantes do solo, como fazer o solo guardar minerais de efeito tóxico, como iões de metais. Estes iões tóxicos não causavam problemas ,pois são naturalmente insolúveis em água no pH normal da chuva, com o aumento de pH pode-se aumentar a solubilidade de muitos minerais . Por exemplo, os protões da chuva ácida podem reagir com o insolúvel hidróxido de alumínio encontrado no solo, gerando iões alumínio que podem ser capturados pelas raízes das plantas.
A chuva ácida é composta por diversos ácidos como, por exemplo, o óxido de nitrogénio e os dióxidos de enxofre, que são resultantes da queima de combustíveis fósseis (carvão, óleo diesel, gasolina entre outros). Quando caem em forma de chuva ou neve, estes ácidos provocam danos no solo, plantas, construções históricas, animais marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva pode até mesmo provocar o descontrole de ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de água, a chuva pode também prejudicar directamente a saúde do ser humano, causando doenças pulmonares, por exemplo. Este problema tem se acentuado nos países industrializados, principalmente nos que estão em desenvolvimento como, por exemplo, Brasil, Rússia, China, México e Índia. A sector industrial destes países tem crescido muito, porém de forma desregulada, agredindo o meio ambiente. Nas décadas de 1970 e 1980, na cidade de Cubatão, litoral de São Paulo, a chuva ácida provocou muitos danos ao meio ambiente e ao ser humano. Os ácidos poluentes jogados no ar pelas indústrias, estavam gerando muitos problemas de saúde na população da cidade. Foram relatados casos de crianças que nasciam sem cérebro ou com outros defeitos físicos. A chuva ácida também provocou desmatamentos significativos na Mata Atlântica da Serra do Mar.
Chuva ácida
As consequências da
chuva ácida para a população humana, podem ser económicas, sociais ou ambientais. Tais consequências são observáveis principalmente em grandes áreas urbanas, onde ocorrem patologias que afectam o sistema respiratório e sistema cardiovascular, e além disso, causam destruição de edificações e monumentos, através da corrosão pela reacção com ácidos. Porém, nada impede que as consequências de tais chuvas cheguem a locais muito distantes do foco gerador, devido ao movimento das massas de ar, que são capazes de levar os poluentes para muito longe. Estima-se que as chuvas ácidas contribuam para a devastação de florestas e lagos, sobretudo aqueles situados nas zonas temperadas ácidas.
A poluição e a perda de biodiversidade
Ao interferir nos
habitats, a poluição pode levar a desequilíbrios que provocam a diminuição ou extinção dos elementos de uma espécie, causando uma perda da biodiversidade. As variações da temperatura da água do mar, levam a dificuldades da adaptação de certas espécies de peixes, é igualmente uma das causas da invasão de águas salinas em ambientes tradicionalmente de água doce, causando assim uma pressão adicional nesses ecossistemas, e potenciando a diminuição ou extinção das espécies até então ai presente.

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